terça-feira, julho 27

Quando virei ciclista.

Parecia um dia comum iniciando, meio grogue de sono, sem abrir os olhos direito, então virei na cama e uma mulher estranha dormia ao meu lado e roncava feito uma mistura de trator com Fórmula 1. Sem acordar a baranga desconhecida resolvi sair do quarto, mas sem perceber pisei em uma garrafa de cerveja quebrada na porta, coloquei a mão na boca pra não gritar um sonoro: "Filho da P...", mas mesmo com o pé sangrando fiquei ainda mais assustado com o estado da casa, tinha papel higiênico enrolado na TV, bitucas de cigarro pela todo lado, garrafas e tudo mais e a casa cheirava feito uma mistura de adega com banheiro público. Desviando com cuidado das pessoas desacordadas pela sala resolvi olhar pela janela e imaginem, tinha um carro dentro da piscina, pensei comigo: "Como essa M... foi parar aí dentro?"
Resolvi ir até o banheiro, olhando parecia que ninguém tinha usado o banheiro tamanha era a desordem da casa e tamanha era a arrumação do banheiro, foi então que resolvi levantar a tampa da privada, aí fiquei sabendo porque todos resolveram usar o jardim, tinha um crocodilo boiando na lagoa desde a noite passada. Me olhei no espelho e eu estava com um olho roxo e tinha perdido um dente além de terem cortado meu cabelo como um monge Shaulim.
Eu não me lembrava de muita coisa, só de umas vozes que diziam: "Desce! Desce! Desce mais uma!" e o resto é um filme queimado.
Vendo aquela cena descidi, sentindo bastante dor pois meus analgésicos alguém tomou com vodka, vou deixar essa vida e vou me tornar um cara saudável, afinal a idade tava batendo e o corpo tava sentindo.... pois é.... vai acontecer com você também...
Então fui radical, botei fogo na minha casa pra receber o seguro, assim eu ia construir uma casa nova e começar tudo novo, ia entrar numa academia, ai ficar saradão e pegar só as gatinhas, nada de canhão roncando de manhã. Então vendo a casa em chamas fui me matricular na academia, dias depois já estava com a terraplanagem pronta pro alicerce da nova casa, fiz uma garagem maior, uma sala de meditação e diminuí a cozinha, ficou ótimo, mas dias depois acabei por deixar a academia, com outros 11 meses pagos, voltei a beber, a sair com barangas e encontrar lembranças no vaso, faltava algo na minha vida.
Mas foi quando tudo parecia perdido um amigo que havia conhecido na academia, muito descolado me falou de ir pedalar com uma turma, achei meio estranho, sair de casa domingo de manhã pra pedalar uns 50Km sei lá pra onde comendo terra e passando sede e suando como um cavalo, mas como isso ia me ajudar? Mas o cara era bacana e resolvi ir pela amizade.
Como eu era um cara bem suscedido descidi ir numa dessas lojas grandes de bike, fiz uma compra básica pro passeio, comprei uma bike de fibra de carbono com apenas 7,5Kg e todos os acessórios que combinavam com a bike, umas bermudinhas bem agarradas, uma capacete que mais parecia um cogumelo andando no sol, mas fui....
E cara, sabia que foi legal? Me senti pela primeira vez livre, estava sentindo a vida soprar dentro de mim, a partir dalí tomei mais uma descisão: "Não vou mais usar carro pra nada, vou vender essa minha Cherokee último modelo e passar a andar só de bike". Desde então perdi 45 Kg, me sinto com 20 anos a menos, tenho uma casa com metade do tamanho da antiga, voltei a frequentar a academia, durmo cedo e acordo cedo, deixei de ser explorador de petróleo e passei a me dedicar a energias renováveis e o melhor de tudo, agora só pego as gatinhas.

Este relato é ficção, mas salvo as devidas proporções essa é a mudança que a bike faz na vida das pessoas.
Vamos de bike?

terça-feira, julho 13

Shimano XTR 2011


O Grupo XTR mais esperado depois dde alguns anos sem grandes modificações a Shimano lança o novo XTR, agora com o sistema Dynasys com 30 velocidades, mas o XTR 2011 tem novidades. São na verdade dois grupos de uso distintos, um para Cross-Country (esquerda) como já era conhecido e a novidade fica por conta do uso para All-Mountain (direita). As diferenças entre eles ficam por conta de algumas peças como: cubos, calipers de freio, tamanhos dos discos, pedais com plataforma e o uso ou não de 3 coroas no pedivela, é a Shimano se rendeu, ela também coloca a disposição o XTR com 20 velocidades a exemplo do SRAM XX seu grande concorrente.
Bom agora é esperar a Shimano Fest que acontece no Brasil dias 14 e 15 de agosto de 2010 em Santana do Parnaíba SP, onde ocorre além de vários eventos como pescarias e corrida, o lançamento oficial do Shimano XTR 2011.
Vamos lá conferir?

terça-feira, julho 6

Atropelamento de ciclista poderá se tornar crime doloso

A Câmara analisa o Projeto de Lei 74/07, da deputada Solange Amaral (PFL-RJ), que modifica normas do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) para estabelecer punições mais rigorosas para crimes cometidos contra ciclistas. Entre as mudanças estão a inclusão dos acidentes que vitimem ciclistas entre os crimes de lesão corporal dolosa - com intenção -, a prisão em flagrante mesmo nos casos em que o motorista preste socorro e o aumento das penas de detenção. Em contrapartida, a proposta proíbe a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos demais veículos, salvo nos casos autorizados pela autoridade de trânsito.

A tipificação dos crimes de trânsito hoje prevê apenas o homicídio ou lesão corporal culposa - sem intenção. O projeto estabelece que o atropelamento de ciclista, pedestre ou terceiros será considerado crime de lesão corporal dolosa, caso o motorista esteja dirigindo no acostamento; na contramão; sob a influência do álcool ou de substância de efeitos análogos; ou em excesso de velocidade.

O crime também será doloso quando o motorista não guardar a distância lateral de 1,50m ao passar ou ultrapassar bicicleta; participar, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente; trafegar em velocidade incompatível com a velocidade estabelecida para a via; dirigir sem a habilitação ou com a habilitação vencida; ou deixar de prestar socorro à vítima ou solicitar auxílio da autoridade pública em caso de acidente.

Flagrante
De acordo com o projeto, nos casos de acidente de trânsito com vítima por crime doloso, o condutor será preso em flagrante e pagará fiança, mesmo que seja prestado pronto e integral socorro. Nos casos de homicídio doloso, a pena de detenção será de seis anos, acrescida da proibição de permissão para dirigir veículo automotor. Atualmente, o Código só prevê a pena de detenção de dois a quatro anos para os casos culposos, e o motorista não é preso em flagrante, nem paga fiança, se prestar socorro às vítimas.

A autora das medidas ressaltou que a prática do ciclismo esportivo e a utilização da bicicleta como meio de transporte se expandiram ao longo dos últimos anos no Brasil. Segundo ela, a frota nacional de bicicletas é de aproximadamente 50 milhões de veículos, que são "utilizadas, em sua esmagadora maioria, por operários que dependem desse veículo para ir trabalhar e retornar aos seus lares".

A carência de vias exclusivas - o País possui apenas 600 quilômetros de ciclovias - resulta em um grande número de acidentes, segundo a deputada. Solange Amaral destacou os dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trânsito de 2002, que registrou a morte de 18.877 cidadãos em acidentes de trânsito. Desse total, 1.529 eram ciclistas e 4.770, pedestres.

Impacto econômico
A parlamentar cita ainda informações do estudo "Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Aglomerações Urbanas", divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) em outubro de 2006. Segundo a pesquisa, o custo total dos acidentes nas rodovias brasileiras, no ano passado, foi de R$ 24,6 bilhões. Entre os custos relatados no estudo, estão aqueles decorrentes de perdas em produção, custos médicos (pré-hospitalar, hospitalar e pós-hospitalar), previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro, custos com emergências e remoção/translado, entre outros.

Legislação
Para a deputada, "o triste e preocupante panorama decorre, na realidade, da falta de políticas públicas para fomentar a utilização, com segurança, da bicicleta". Solange Amaral reiterou que a legislação de trânsito brasileira apresenta fragilidades ao infundir no motorista a certeza de impunidade quando comete um homicídio doloso, ainda que imbuído de eventualidade. A deputada ressaltou que o caráter doloso do crime é caracterizado pelo fato de que o agente inicialmente não queria que a manifestação de sua vontade produzisse morte, mas, objetivamente, pôde prever os riscos de sua ocorrência e, desse modo, aceitou ou assumiu essa possibilidade.

Segundo Solange Amaral, "os ciclistas, cotidianamente, correm risco de vida ao utilizarem os mesmos espaços públicos dos condutores de veículos automotores". Ela lembrou que o próprio Código descreve o trânsito como "a utilização das vias por pessoas, veículos e animais", o que mostra a prioridade que é dada aos cidadãos, mas que não é transposta para a tipificação penal prevista na lei.

O projeto será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário.

*Retirado do site da Câmara: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/102274.html