quarta-feira, setembro 29

TÁ CADA DIA MAIS DIFÍCIL


A cada dia que passa vem ficando mais difícil andar pelas ruas da cidade de Londrina, seja pelo trânsito que afoga todas as vias, que antes era na hora do rush e hoje a qualquer hora, seja pelos motoristas despreparados, pois lhes falta habilidade e bom-senso.
Na última terça-feira (28/09) quase fui atropelado 2 vezes em menos de 30 minutos e as duas vezes quase da mesma maneira, na primeira eu entrei na rotatória da Av. Maringá, no sentido Av. Tiradentes e enquanto eu avisava com sinal de mão que eu não entraria na próxima a direito (Rua Goiás) e que continuaria fazendo o contorno mas um rapaz de carro e de cérebro diminuto acelerou para me passar e cruzar na minha frente, ele além de quase me atropelar quase sobe no canteiro central da via, deixando outros motoristas tão indignados quanto eu. Bom passou e pensei: "Passo por isso todo o dia, tenho que me acostumar com isso e tentar fazer esse povo entender a necessidade da bike..." mas não acreditava que aconteceria novamente tão rápido.
Depois de resolver algumas coisas peguei minha bicicleta para voltar pra casa na mesma Av. Maringá e quase na esquina da Rua Paranavaí que dá acesso a um Supermercado, eu pedalava a frente dos carros quando na esquina uma mulher trafegando com seu carro ao meu lado simpelsmente entrou na rua ignorando a minha presença do seu lado e quase me prensando contra um carro estacionado bem próximo a esquina. Bom ou seja quase fui atropelado duas vezes se eu fosse um pouquinho mais lerdo tinha levado a pior como já me aconteceu e com outras pessoas em Londrina mesmo até com morte de um colega por atropelamento.
Até quando vamos ter que aturar essas coisas, até quando a prefeitura e a CMTU vão ignorar que a cidade precisa emergencialmente de políticas de transporte de massa e alternativo? Precisa morrer mais ciclistas ou acontecer mais acidentes e atropelamentos pra surgir alguma ação?
Não basta construir uma ciclovia em volta do Lago Igapó, é preciso algo para diminuir a utilização dos automóveis. Eu tiro um carro da rua usando a bike e se mais pessoas fizessem isso acredito que ia melhorar muito.
Fica aqui a minha indignação e copio esse e-mail para outros que possa ser de interesse.

Adriano Huhn ciclista londrinense

domingo, setembro 26

Políticos não veem graça em bicicleta, diz especialista

Texto retirado do Portal EXAME

Convencer um brasileiro a incorporar a bicicleta como principal meio de transporte para percursos curtos, a exemplo do que acontece em cidades européias como Barcelona, Paris e Amsterdã, não é uma tarefa fácil. "Bicicleta ainda é vista no país como um veículo de 2ª categoria", afirma Ronaldo Balassiano, especialista em mobilidade urbana.

Esse meio de transporte individual, sustentável e praticamente nulo em emissões de poluentes - a não ser por uma quantidade ínfima de material particulado liberado pelo atrito entre as rodas de borracha e o asfalto - é apontado como uma solução viável, barata e funcional para os problemas de congestionamento e degradação do ar comuns nas grandes metrópoles.

Apesar do crescente número de adeptos e dos benefícios que geram para o meio ambiente e para a saúde da população, as magrelas de duas rodas não parecem tão atrativas aos gestores públicos como outros veículos. "Os investimentos públicos ainda privilegiam o transporte motorizado e a construção de mais estradas e viadutos, quando poderiam investir na criação de ciclovias", afirmou o engenheiro durante evento sobre mobilidade urbana realizado nesta quinta (16) na FAAP, em SP.

Segundo o especialista, a "bicicleta não tem graça, politicamente". Prova disso, é que, em ano eleitoral, o debate sobre esse transporte sustentável é uma ausência sentida em todos os discursos partidários. "Ninguém demonstra compromisso ou interesse pela questão, nem mesmo os verdes, mais engajados com a causa ambiental".

Riscos e soluções

Sem faixas exclusivas, os ciclistas se arriscam em vias abarrotadas de carros, ônibus e motocicletas, que passam fácil dos 70Km/h. Em janeiro de 2009, uma ciclista morreu na Avenida Paulista, em SP, após ser atropelada por um ônibus. O caso que chocou o país revelou uma demanda antiga por aparelhos públicos específicos para esse tipo de veículo, que é o mais frágil entre os meios de transporte.

Balassiano diz que as soluções vão além da criação de faixas exclusivas ou compartilhadas com limite de velocidade determinado. Também são necessários pontos de abrigos para guardar as bikes, estacionamentos especiais - até mesmo no local de trabalho - e principalmente fiscalização e manutenção da rede de ciclovias. "Se até as olimpíadas de 2016, essas medidas forem tomadas, será possível dobrar a participação da bicicleta na divisão modal de transportes, que atualmente representa apenas 3%", afirma.