Bike de Bambu?

Aço, alumínio, high tensil, cromo, titânio, fibra de carbono… São inúmeras as possibilidades de materiais que podem compor uma bicicleta ou, de forma mais específica, o quadro de uma bicicleta. As tentativas de se construir um quadro que seja leve, de fácil reparo, mas com grande absorção de impactos e a um baixo custo são infinitas e, cada vez mais, parece que se está à procura de um super-herói do mundo da bike.

As inovações que surgem são de fato muito interessantes, como é o caso da bicicleta de bambu. Essa planta é uma matéria-prima bem peculiar, por sinal. Barata e abundante, mas que ultimamente tem agregado valor aos produtos finais. Leve, mas resistente o suficiente para ser usada inclusive na construção de edifícios à prova de terremotos. E é claro que o bambu não poderia ficar de fora do mundo da bike.

Algumas das vantagens são:

• O amortecimento de materiais naturais são ótimos para maiores distâncias;
• o bambu é tratado de forma a impedir o rachamento;
• o quadro é resistente a impactos e tem grande durabilidade;
• seus tubos são amarrados por fibras de cânhamo, mantendo seu visual natural;
• o quadro de bambu é personalizado e único;
• menor emissão de dióxido de carbono na produção.

Na África, as bicicletas são o principal meio de transporte e não são adequadas para as regiões onde transitam. Apesar disso, não há produção de bicicletas na região subsaariana: elas são importadas da Ásia. A necessidade de se ter uma maior distribuição a um menor preço foi o que fez surgir o projeto Bamboo Bike.

Em Gana, foram produzidas as bicicletas de bambu, que tem preço de pouco mais de US$50, metade do preço das bikes convencionais já comercializadas no país. Mas, ao ser importada pelos Estados Unidos, a bicicleta ganesa terá um custo de US$, como diz o próprio Craig Calfee neste vídeo (em inglês). A ideia do Bamboo Bike Project foi destaque no Prêmio Seed, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).